TEREMOS RECESSÃO NO MERCADO IMOBILIÁRIO COMO EM
2008 POR CONTA DO COVID-19?
A grande pergunta do momento é sobre o que será do
mercado imobiliário dos EUA em consequência da pandemia do corona vírus.
É necessário
analisar esta questão sob o ponto de vista nacional, regional e de áreas
diretamente afetadas.
Em termos da
economia em geral, tem-se que considerar que as perspectivas de retomada do
crescimento econômico nos EUA serão reais. A questão política de buscar
demonstrar que uma depressão será inevitável, terminará com as eleições
presidenciais em novembro deste ano.
É natural que a
oposição atual siga mostrando um quadro dantesco, como propaganda eleitoral
para tentar mudar o cenário eleitoral, porém, independente de quem vença o
embate, a busca do sucesso econômico do país será a tônica para 2021.
Alguns pontos, por
outro lado, diferenciam a crise de 2008 para o momento atual, como por exemplo,
os recursos alocados pelo FED para dar liquidez ao sistema bancário, que em
2008 não ocorreram com a velocidade de agora e deram tranquilidade à população
e aos bancos, em particular. De imediato, foram disponibilizados $1,5 trilhão
para essa liquidez, o que garantirá ao setor bancário passar quase incólume
pela crise.
Por outro lado, ao contrário
de 2008 quando a crise atingiu o setor imobiliário, tinha-se um inventaria
altíssimo que levaria anos para ser absorvido, pois não havia demanda real,
eram basicamente, compras especulativas.
Hoje o estoque está
baixo, com um déficit de residências entre 300.000 e 400.000 casas anuais,
porque o novo sistema de aprovação do “mortgage”
(hipoteca) para compra de residências ficou mais rígido do que nunca e as taxas
de empréstimo, relativamente altas. Isto evitou a compra de imóveis para
especulação.
Porém, tem-se um “mortgage” com um custo baixíssimo, em
termos históricos, com taxas inferiores a 3% ao ano o que está atraindo não só
os compradores de residências próprias, como também, novos investidores,
inclusive do exterior.
Deve-se acrescentar
que a iliquidez de 2008 foi, principalmente, porque os bancos financiavam os
imóveis considerando o valor futuro esperado, porém hoje, tem-se uma segurança
de um percentual de “equity” (capital
próprio) nas compras das propriedades e os americanos estão num patamar melhor,
economicamente.
Em 2008, o “Flow of Funds” (fluxo de fundos) era de
52% e hoje é de 64%, segundo o FED. O que dá mais responsabilidade e segurança
em relação ao pagamento dos débitos relativos à compra da propriedade.
Adicionalmente, os
financiamentos apoiados em órgãos federais tiveram ações e execução de dívida
suspensos por, pelo menos 60 dias, com provável extinção por mais 12 meses, o
que tirará parte da potencial pressão vendedora do mercado.
Ao contrário, os
planos do governo são de incentivar a compra de casas próprias para os que hoje
pagam aluguel, o que deverá ajudar a crise de falta de residências e colocar
mais liquidez nos sistema.
Por último, a
exceção de 2008 quando tiveram um declínio de médio a alto nível nacional, os
imóveis nas demais recessões têm sempre apresentado uma desvalorização modesta
após as crises com rápida recuperação.
Está claro que
alguns setores como as cassa de locação para temporadas, como as da região de
Orlando, FL serão mais afetados. Primeiramente, porque Orlando como um todo,
tem uma grande oferta atual e ainda por vir, que impede a valorização como em
outras regiões.
Em segundo lugar,
porque com a retração do turismo, parques fechados por tempo indeterminado,
estas casas que pagavam seu “mortgage”
com as locações temporárias, terão pesados encargos sem a contrapartida dos
aluguéis, ou seja, sem a receita prometida e esperada, o que deverá ocasionar a
venda de uma quantidade razoável de casas por forçosa e não prevista inadimplência.
Tem-se que
considerar, porém, que a médio e longo prazo a vida voltará a florescer em
Orlando com a mesma intensidade de sempre. Quem conseguir manter suas hipotecas
poderá, no futuro, continuar a colher os frutos de seus investimentos. E quem puder
aproveitar as ofertas que surgirão no mercado e investir em novas aquisições,
também estarão fazendo excelentes negócios com vistas no futuro.
Concluindo, o céu
não está negro para o setor imobiliário, ao contrário, deverá ser uma grande
opção de investimento, particularmente em operações estruturadas com
investimento financeiro.
Law Offices of
Witer DeSiqueira
Fonte:
oxfordusa.com/Carlo Barbieri
OBS.: O propósito deste artigo é informar
as pessoas sobre imigração americana, jamais deverá ser considerado uma
consultoria jurídica, cada caso tem suas nuances e maneiras diferentes de
resolução. Esta matéria poderá ser considerada um anúncio pelas regras de
conduta profissional do Estado da Califórnia e Nova York. Portanto, ao leitor é
livre a decisão de consultar com um advogado local de imigração.
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