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TURISTAS BRASILEIROS RELATAM NOITE EM PRISÃO DOS EUA APÓS SEREM BARRADOS PELA IMIGRAÇÃO

O caso aconteceu no último domingo, quando eles desembarcaram em Boston. A CBN ouviu dois brasileiros que afirmam terem entrado no país legalmente. Eles relatam que foram algemados e levados para celas vestindo uniformes de presidiários. O Itamaraty diz que acompanha o caso.
O Itamaraty disse que acompanha o caso de turistas brasileiros que afirmam ter passado uma noite presos nos Estados Unidos, após serem barrados pela imigração. A CBN ouviu duas pessoas deportadas que relatam ter entrado legalmente no país. Elas dizem que foram detidas após desembarcarem no aeroporto de Boston, no último domingo. O visto estava em dia e eles apresentaram as passagens de volta, os comprovantes de hospedagem, e responderam às perguntas feitas pelos agentes. Depois de passarem por entrevistas e terem as malas revistadas, foram algemados e levados pra outro local, semelhante a uma prisão. Lá, trocaram as roupas que vestiam por uniformes de presidiários americanos e dormiram em uma cela. O maitre Ricardo de Souza relata que os agentes da imigração queriam que ele confessasse estar em busca de emprego. No entanto, Ricardo viajou pra fazer um curso pago pelo restaurante onde trabalha, em Brasília. 

"Tudo que eles me pediam, eu apresentei e respondi. Nos algemaram e, quando saímos da cadeia, tinha um camburão da polícia lá fora. Nos levaram para uma prisão e nos trancaram em uma cela lá"

Ana Cristina Crepalde saiu de São Paulo e estava no mesmo voo de Ricardo. Ela conta que os agentes ficaram desconfiados por ser a segunda viagem dela pra Boston. Os guardas insistiram que alguém a esperava no aeroporto, o que ela nega. Ana afirma que trabalha há 14 anos na mesma empresa e que viajou de férias. Ela passou a noite sozinha, em uma cela, e só conseguiu se comunicar com a família quando voltou ao Brasil.

"Pra mim, o que era pra ser um passeio, foi assustador. Gastei dinheiro com isso, com a passage, e deu tudo errado. O lugar que a gente ficou, parecia até que a gente tinha matado alguém. E eu fiquei desesperada porque meu filho estava aqui no Brasil"

Ana e Ricardo contaram que um terceiro brasileiro foi levado pro mesmo local. O grupo foi deportado em um voo para o Panamá, na manhã de segunda-feira e, de lá, cada um retornou pra sua cidade. O professor de Relações Internacionais da faculdade Rio Branco Pedro Costa Junior avalia que a atitude foi exagerada. 

"Esse procedimento é muito exagerado e é lamentável. Infelizmente, tem sido cada vez mais comum e está por trás da política linha dura anti-imigração de Trump". 

O Ministério das Relações Exteriores disse que representantes do Consulado Geral do Brasil em Boston vão se reunir com as autoridades de imigração para esclarecer o ocorrido. A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil não quis comentar o assunto.
Fonte: Paula Martini (paula.martini@cbn.con.br)

NOTA: Pelo Artigo do INA (Lei de Imigração Americana) que está anotado no visto de uma das pessoas que foram presas, trata-se de “pessoa portando documentos que comprovam intenção de imigração”, e isso não é permitido para o visto que portava.
O Law Offices of Witer DeSiqueira entende que as ações do CBP (Polícia de Aeroporto) foram bastante duras, resta saber o que os levou a acreditar nesta possibilidade de imigração por parte dos brasileiros, se realmente portavam algum documento que levava a essa ideia ou se em seus telefones celulares, lap tops ou tablets continham alguma informação a esse respeito.
É importante salientar que, normalmente para este artigo no qual foram enquadrados é possível fazer um processo de Pedido de Waiver (perdão) para, posteriormente solicitar um novo visto de entrada nos EUA, inclusive, visto de imigração.

Law Offices of Witer DeSiqueira


OBS.: O propósito deste artigo é informar as pessoas sobre imigração americana, jamais deverá ser considerado uma consultoria jurídica, cada caso tem suas nuances e maneiras diferentes de resolução. Esta matéria poderá ser considerada um anúncio pelas regras de conduta profissional do Estado da Califórnia e Nova York. Portanto, ao leitor é livre a decisão de consultar com um advogado local de imigração.


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